segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O lado bom

Nem só de tristezas foi o Natal.

Comprei com muito carinho uns mimos pro meu filhote. Coloquei os pacotes no pé da árvore e depois foi aquela festa na hora de abrir os presentes.

Um dos presentinhos já foi inaugurado ontem, aproveitando o calor insuportável que fez por aqui:


A piscininha foi aprovadíssima.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Final

Lá se vai dezembro, lá se vai mais um ano.

Em 2007 eu passei o Natal na casa dos meus pais. "Abandonei" o marido e fui pra lá com o Gabriel na barriga. Nunca gostei muito dessa data, mas sempre fiz o possível pra reunir a família e ficar ao lado de quem eu gosto. É verdade que nem sempre é possível reunir todo mundo. Mas nessa vez eu tomei a decisão certa. Ninguém podia imaginar, mas esse foi o último Natal que passamos com minha mãe. E eu lembro de cada detalhe desse dia. Eu lembro do abraço que ela me deu quando revelamos o amigo secreto (ela me tirou!). Ganhei o DVD da primeira temporada do seriado Mothern.



Esse ano, o que ganhei foi saudade. Só saudade. Nossa despedida começou há mais ou menos 2 meses, quando descobrimos a metástase do cancer para o cérebro. Todos sabíamos, inclusive minha mãe, que o final estava próximo. Mas saber é diferente de ver. Conforme o tempo ia passando e a situação piorando, era como se eu fosse perdendo a consciencia junto com ela... eu via, mas não acreditava. Primeiro ela perdeu os movimentos do lado direito e depois parou de andar totalmente. Então ela me dizia que eu precisava cuidar da casa quando ela se fosse. Precisava cuidar do meu irmão, ajudar ele a comprar roupas novas (homens não são bons nisso) e não deixar ele se perder nos estudos. Dizia que eu podia ficar com algumas roupas dela - que ela gostaria disso - e que as outras era pra doar pra quem precisa. Eu ouvia cada palavra e não conseguia acreditar que logo ela não estaria mais ali. Nunca mais. Parecia que ela estava se preparando para uma viagem. Mas não uma viagem sem volta.

Quando ela parou de falar foi mais doloroso. Minha mãe era minha amiga e eu gostava muito de ouvir a opinião dela sobre tudo! Mesmo que fosse só pra discordar. E então de repente ela se calou. Ela continua ali presente, mas não se comunicava mais. De vez em quando fazia alguma gesto e sempre apertava forte a minha mão quando eu estava com ela. Ela me olhava nos olhos e eu via um pedido de socorro, um grito de angústia!!! Eu queria explodir.

E então a situação se agravou e ela precisou ser internada no hospital. Fui junto com ela, dentro da ambulância, disse pra ela que ia ficar junto até o final. E fiquei. Foi pouco mais de 1 semana. Ela já não fazia mais nada sozinha, nem saía da cama. As pernas incharam muito, apareceram feridas pelo corpo, os órgãos foram parando de funcionar. Dia 22 - dia em que o Gabriel completou 6 meses de vida - minha mãe morreu. E exatamente como eu prometi pra ela, eu fiquei lá, até o último segundo, segurando a mão dela enquanto ela se ia. Ela se foi tranquilamente, sem sentir dor. A respiração foi diminuindo, diminuindo, até cessar. Eu segurei aquela mão gelada, já quase sem vida, e não podia deixar de pensar que ainda tinha tanta coisa pra ser dita, tana coisa pra ser vivida!!! Era como se ela estivesse caindo num abismo e eu não conseguisse mais agarrá-la.

Minha mãe faleceu num dia 22, num hospital, usando fralda e uma pulseirinha de identificação com o nome dela e da mãe dela. Exatamente como meu filhote Gabriel, quando nasceu.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Um anjo



Este é o ÚNICO motivo pra não odiar o Natal esse ano.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Nova rotina

Estou TÃO na correria, que às vezes mal sobra tempo pra fazer o nº2 no banheiro. Já estamos há 1 semana no apto novo (aaaaleluia!), mas a bagunça por aqui ainda é IMENSA (parece que chegamos ontem).




Essa história de esperar a reforma do apto novo estava me deixando exausta. Tínhamos que acordar cedíssimo pra deixar o gabriel na creche (que é perto do apê novo, ou seja, do outro lado da cidade), depois voltar pra ir pro trabalho. Com a minha jornada reduzida para 5h, eu saía cedo e ia direto pra casa (a velha), tirar o leite pro dia seguinte, depois atravessava a cidade de novo pra dar uma espiadinha na obra, por fim pegava o filhote na creche e voltava pro antigo apê. Haja gasolina e paciência com tanto vai-e-vem. E nos pequenos intervalos dessa loucura eu ainda tinha que arranjar tempo pra visitar minha mãe, que está em Porto Alegre fazendo um tratamento.

Com tanto stress eu achei que nem ia mais conseguir tirar leite. O fato é que consegui sim. 300ml diários, com muito orgulho.


Com a mudança, a tendência era que tudo se aquietasse. Que nada. No dia seguinte, voltando bem feliz do trabalho, bati o carro. Um infeliz numa kombi resolveu parar no meio da rua, logo depois duma curva. O fiesta que ia atrás dele parou repentinamente e eu colei na traseira dele (que por sua vez colou na traseira da kombi). Fizemos um embolotamento de 3 carros. Tudo isso num dia quente de 34º. Perdi a tarde inteira resolvendo burocracias com fiscais de transito e escrivãos da delegacia. Ninguém ficou ferido, a não ser o meu carro (que nem MEU é, é o namorido), que foi o mais prejudicado dos 3. Por sorte tem seguro.

Além disso, meu filhote pegou uma virose na creche. As 10h da manhã me ligam de lá pra dizer que ele estava com 38,2 de febre e diarréia. Assim, do nada! Em casa ele estava bem. Aí já fiquei me culpando por não ter percebido que tinha algo errado. Me achei a pior mãe do mundo. E saí correndo pra levá-lo num médico. A pedi dele está em férias e, embora seja uma ótima pessoa e profissional, já estava me irritando por causa dos horários (ela só atendo seg, ter e qui, das 15h as 17h). Aí procurei outro pelo meu convênio, no bairro novo, e fui. Gostei bastante. Nos atendeu no mesmo dia, super simpático. Disse que era apenas uma virose, nada preocupante, e que não ia receitar nenhum medicamento, porque o melhor remédio é o leite materno. Simples assim.


Complicado foi quando eu cheguei em casa e comecei a me sentir estranha... Ainda discuti com o marido por causa da sujeira que ele e o sogro tinham feito quando furaram as paredes pra colocar uns armários. As coisinhas do bebê ficaram cheias de pó (e eu pedi TANTO pra cuidar isso). Aí surtei. Mas SURTEI mesmo. Gritei, chorei, me atirei na cama, queria morrer. (trágico). Foi aí que comecei a sentir uns arrepios de frio, medi a temperatura: quase 39 de febre. Passei muito mal a noite inteira, nem fui trabalhar no outro dia.


Por causa disso tudo, mais os transtornos da mudança, fazem uns 4 dias que não consigo tirar leite pro Gabriel. Na creche ele tá tomando NAN. E eu já noto os resultados: ontem ele ficou mais de 24h sem fazer cocô. Ele sempre faz diariamente pelo menos umas 3 vezes. Pobre picorrucho da mamãe!!!

Mas o pediatra diz que ele está ótimo. Estas são as medidas de 08/12/08 (5 meses e meio):


7.800g e 67cm






E pra descontrair um pouco e aliviar as tensões, estreiamos o salão de festas do prédio em grande estilo: com um Orkontro de Bebês de Porto Alegre!!! Só não foi perfeito porque faltou a Maria Elisa e o Tiagão.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quase lá



Reforma quase concluída, malas quase prontas.
Apê novo!!!!!!

sábado, 22 de novembro de 2008

CINCO

Gennnnte, com a correria que anda a minha vida, eu QUASE esqueci que hoje é o mesversário do Gabriel!!!! A consulta na pedi foi adiantada este mês, por causa da adaptação na creche, introdução de alimentos, coisa e tal. Essas são as medidas do dia 17/11:

7.400g e 65,5cm

E lá se foram 5 meses.

A minha vez

Esperei a semana inteira por este sábado. E não foi pra poder dormir. Foi pra poder ver isto:

Adoro.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Adaptações II

Hoje foi um dia histórico. Gabriel tomou TODA a mamadeira com o leitinho da mamãe lá na creche. 150ml. Ufa.

Hoje também ele começou a comer frutinhas e sopinha no almoço. Dói o coração por não ter estado presente nesse momento tão importante da vida do meu pequenino. :-( A primeira papinha foi na creche. Eu estava longe, apenas imaginando meu pimpolho fazendo caras e bocas, colocando toda a comidinha pra fora e depois querendo mais. Fiquei imaginando como seria divertido e inesquecível. Fiquei assim, só imaginando e depois ouvindo os relatos das tias do berçário. Ele comeu pouco, mas tudo dentro do normal para uma primeira vez. Por mais detalhes que elas me contassem, não é igual. Eu queria estar lá. Queria ter visto.

E esse é o preço que se paga por ser uma mãe-trabalhadora. Muitas outras primeiras vezes do meu filho eu ainda vou perder. Primeiras palavras, primeiros passos, primeiro xixi no pinico...
A gente passa 9 meses se adaptando com a idéia de ter um filho. Uma pessoa a mais na nossa vida. Um alguém totalmente dependente de nós. E então ele chega, e a gente passa 4 meses vivendo 24h grudadinha com ele, alimentando e dando amor. Precisamos novamente nos adaptar, pois agora as prioridades são outras. Eis que chega a hora da separação. Com o fim da licença maternidade, acabam-se também todos os privilégios de mãe. Adeus amamentação exclusiva, adeus horas a fio de brincadeirinhas bobas, adeus descobertas diárias, adeus. Dificilmente seremos as primeiras a presenciar as novas peripécias dos nossos filhos. Depois de tanto tempo de suada (e mal dormida) dedicação, quando eles estão grandinhos, espertos, risonhos e simpáticos, é hora de deixá-los na creche. Elas, as tias do berçário, ficam com a parte mais fácil e mais recompensadora de todo o processo. Aquilo que devia ser devido a nós, MÃES, fica com elas, estranhas.

Resta me contentar com as sobras de novidade, como a cenourinha que saiu hoje no cocô do Gabriel quando ele chegou em casa. :-)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Adaptações

Essa semana meu filhote começou a adaptação na creche. Os dois primeiros dias foram apenas uns minutinhos longe da mamãe. Mesmo assim eu chego lá com o coração apertado e antes de entregá-lo pra berçarista já estou com saudades!! E o safado se vai, sorrindo, contente, alucinado com tanta coisa diferente pra olhar e pegar (porque agora ele coloca aquelas mãozinhas insaciáveis em TUDO).

Hoje foi o primeiro dia sem teta. Levei meu estoque de leite, mamadeiras e diversos bicos, na esperança que elas fizessem o milagre do Gabriel aceitar. E não é que fizeram?! Tudo bem que dos 100ml que eu deixei, ele só tomou 50. Mas já é um ótimo começo!!

Do jeito que as coisas estão indo, acho que a maior (e mais difícil) adaptação vai ser mesmo a minha! Sair na rua sem meu bebê é mais esquisito do que sair sem as calças.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A lei da vida

Nos últimos 2 anos minha família tem travado uma incansável luta contra o cancer da minha mãe. Durante todo esse tempo em que ela esteve fazendo quimioterapia aqui em Porto Alegre, eu a acompanhei nas internações. A cada 15 dias passávamos 3 dias e 2 noites no hospital. E quando eu fiquei grávida, não foi diferente. Aguentei firme, com barrigão e tudo. Dormir no sofázinho duro, ser acordada de 30 em 30min pelas enfermeiras e conviver com aquele cheiro típico de hospital foi FÁCIL.

O difícil era saber que dentro de mim eu carregava uma vida, enquanto a minha mãe carregava a morte.

Durante esses últimos anos minha mãe tem carregado a morte, mas nem por isso desistiu de viver. Nós tentamos TUDO. Mas essa doença maldita é cruel demais.

No mesmo dia em que eu recebi as chaves do meu apartamento novo, recebemos também a pior notícia até então. O cancer, que começou no intestino e já havia passado pro fígado, agora também atingiu pulmão e chegou ao cérebro da minha mãe. Um tumor de 2,5cm no lobo frontal esquerdo está paralisando todos os movimentos do lado direito e impede que ela faça coisas simples como vestir a própria roupa, segurar os talheres ou pegar o neto no colo. Injustiça é pouco.

E assim está sendo a minha vida, uma mistura de felicidades e tristezas. Enquanto vejo orgulhosa meu filhote aprendendo a usar as maozinhas, vejo também a minha mãe "desaprendendo" a pegar as coisas.

E infelizmente é isso que os próximos meses nos reservam. Vou comemorar a evolução do meu filho ao mesmo tempo que acompanho a desintegração da minha mãe.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tá chegando a hora!

Depois de 5 meses em casa, amanhã eu volto ao trabalho. Isso mesmo, numa sexta-feira. :-) Mas segunda já estou em férias e aí só volto mesmo no final do mês.

Gabriel já está oficialmente matriculado na creche, mas a adaptação só começa semana que vem. Para o grande dia de amanhã, vou ter ajuda da sogra, que vai ficar com ele durante as 6h que eu me ausentar. Na hora do mamá eu vou até a casa dela. Aparentemente não teremos problemas. Mesmo assim, passei a noite sonhando coisas. Preocupações inevitáveis de mãe.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Precisando de "férias"

Gente, fazem 3 noites que o Gabriel não dorme direito. Ele acorda lá pelas 4h pro mamá do madrugadão (que já virou rotina há meses), e depois não consegue mais engatar no sono... e o pior, ele também não acorda! Fica naquele dorme-não-dorme, se debatendo no berço, choramingando de olhos fechados... resultado: eu e o marido ficamos do mesmo jeito, sem conseguir dormir. TÁ DIFÍCIL. Mas tá tão difícil, que hoje eu tomei uma decisão. Vou antecipar a ida dele pra creche. Essa semana vou lá fazer a matrícula. Quem pensa que eu vou "despachar" o bichinho pra dormir a tarde toda, se engana. Vou me dedicar aos preparativos da mudança e da reforma (EU e o marido resolvemos pintar o apê com nossas próprias mãos e seja o que Deus quiser)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Coisas do mundo virtual

Nunca fui madrinha de ninguém, por isso estou adorando essa idéia de afilhados virtuais. Recebi 6 convites e, claro, aceitei todos!!! Tanto os bebezinhos, quanto suas mamães, são pessoas muito queridas pra mim. Se pudesse, "amadrinhava" todos os bebês do Orkut! :-)

Esses são os meninões da dinda:


Arthur da Michelle, Samuca da Quel, Arthur da Cintia e Tiago da Maria Elisa.

E essas são as gatinhas:


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O drama da mãe moderna

Foi-se o tempo em que mãe e dona de casa eram sinônimos. Hoje muitas mulheres que são mães, são também profissionais dedicadas. Tudo muito lindo, mas nada fácil.

E eu começo a sentir isso na pele.

Adiei a minha volta ao trabalho do dia 06 para o dia 24 de novembro. Mesmo com o prazo prorrogado, já iniciei o "treinamento". Mamadeiras e bicos a postos, chegou a hora da nova brincadeira. Mas e quem disse que era assim tão simples?! Já foram três dias de frustradas tentativas. O Gabriel não aceita a mamadeira de jeito nenhum.

É de cortar o coração. Eu com os peitos cheios de leite - o melhor do mundo - meu filho louco de fome, e aquela inevitável mamadeira no meio do caminho. Por que tem que ser assim?

Licença Maternidade de 6 meses não é favor nenhum, é um DIREITO MÍNIMO. Obrigar um bebê de 4 meses a trocar o peito e o carinho da mãe por um bico de plástico (tá, é silicone) deveria ser considerado um crime!!!

Estou triste.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Meninos x Meninas

Eu queria muito saber qual a origem dessa tradição boba de que meninos vestem azul e brincam de carrinho, enquanto meninas vestem rosa e brincam de bonecas. Procurei no Google e (pasmem) não encontrei nenhuma explicação razoável ou convincente.

O fato é que ontem, na clínica onde levei o Gabriel pra fazer a vacina Prevenar, o médico viu o menino vestido de amarelo e perguntou "qual o nome dela?". Ei!!! Como assim?? Nem a chupeta AZUL adiantou. Bastou ver um menino de amarelo (a famosa cor NEUTRA) pra pensar que era uma menina.

Mas não foi só isso.

No dia anterior, passeando pelo shopping, fizemos uma paradinha básica no trocador. Por coincidência, o Gabriel também estava vestido de amarelo nesse dia. Eis que uma simpática mãe puxou assunto comigo. (estou me habituando a essas conversas de trocador). "Que linda tua filha, quantos meses ela tem?". Detalhe: o Gabriel estava SEM FRALDAS. Em outras palavras: o Gabriel estava com o PINTO DE FORA e mesmo assim foi confundido com uma MENINA. Então pacientemente eu respondi "é um menino, o nome dele é Gabriel". Em vez de se conformar e dizer "Me desculpe!", ela continuou: "Ai, é mesmo? É que ele tem os olhos tão lindos, o rosto tão perfeitinho, parece uma menina!". Depois dessa, eu resolvi calar a minha boca. Só me restava achar graça da situação.

Aposto que se ele estivesse vestido de azul, da cabeça aos pés, essas coisas não aconteceriam.



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Chegamos no 4!!!

22 de outubro -> mesversário, medidas novas, vacinas, patati patatá.
Ontem fizemos a visita mensal à pediatra. Gabriel está ótimo:
63,5cm e 6.730g


Também conversamos bastante sobre a minha volta ao trabalho. Cada vez eu fico mais feliz por ter trocado de pediatra!! Esta mulher é ótima! Me deu todo o apoio pra continuar dando apenas LM para o meu filho e disse que frutinhas e suquinhos só depois do 5º mês! Segundo ela, caso eu não consiga tirar leite suficiente para o período em que ele ficará na creche, é melhor complementar com NAN do que introduzir papinhas. "No tempo das nossas avós se dava outros alimentos com essa idade e por sorte até nem acontecia nada, mas hoje sabemos que não é aconselhável", ela explicou. Eu já tava até imaginando as caretas que o Gabriel ia fazer, mas pelo jeito vou ter que esperar mais um mês.

Outra coisa que ela ressaltou muito é a importância do copinho. Não usar mamadeira de jeito nenhum! Foi aí que ela levantou, pegou um livro na estante e abriu direto na página onde tinha uma gravura mostrando a diferença da pegada do bebê no peito e na mamadeira. Realmente, é impressionante. No peito, o bebê faz movimentos muito complexos, usando os lábios, a gengiva e a língua. Tudo trabalhando em conjunto, num ato totalmente instintivo!! Já na mamadeira, nada disso acontece, já que o leite sai com muito mais facilidade. Aí que tá o risco do bebê não querer mais o peito.

Apesar da explicação muito convincente, eu acho que isso tudo é relativo. Eu já encomendei (junto com um tapete de atividades) um bico de mamadeira próprio pra evitar o desmame do bebê. Óbvio que corro o risco de não funcionar, mas as chances já são menores. Eu tenho lido muito a respeito, e acredito que nessas horas vale mesmo o instinto materno. Cada mãe faz aquilo que acha melhor pro seu pequeno. :-)

Hoje, pra iniciar bem o dia do mesversário, nada melhor do que umas agulhadas e umas gotinhas desagradáveis! De manhã cedinho já estávamos no Posto de Saúde, aplicando as vacinas do 4º mês. Antes de sair de casa já dei um Tylenol. Agora é torcer pra não dar nenhuma reação. Desde que chegamos em casa ele só dorme. Com a chuvinha que cai por aqui, era isso que eu devia fazer também...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Agora sim

Da outra vez eu comemorei antes de assinar o contrato e acabou dando tudo errado! Mas agora é certo: apê novooooooooo!

Semana que vem ele deve estar desocupado, aí começa a reforma! Não vamos conseguir arrumar TUDO de cara, afinal (com um bebê) não tem de onde tirar tanto $$$$! Mas já vai dar pra deixar ele um pouquinho com a nossa cara... Nosso lar doce lar!!

Depois da correria pra achar o apartamento, agora começa a correria atrás do material de construção! Muitos orçamentos, muitas planilhas, muitos cálculos e mais cálculos... E quando tudo isso estiver prontinho, vem a correria da mudança!!!!

No meio de todo esse corre-corre eu quero mais é que o tempo passe devagar!! Faltam 16 dias pra eu voltar pro trabalho... :-(

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Escolhida

Depois de visitar mais quatro lugares, confirmei o que eu já sabia. Vou ter que me render à creche mais cara. Mas faço isso com a certeza de que é o certo a fazer. Tudo pelo meu pequeno!!

Essa é a escolhida: Polo Infantil
(liguem o som e viajem no som da água... dá vontade de dormir!!)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

PROCURA-SE: creche

E a perigrinação começou. Semana passada eu telefonei para algumas creches e comecei a me informar sobre valores e condições. Já na primeira tentativa, um susto: R$897 o turno de 8h. Hã???? Como assim?!? Nem esperei a moça me explicar que meu filho seria acomodado em um berço de ouro revestido com lençóis egípcios, enquanto móbiles de diamantes pairam sob sua cabecinha. DESCARTEI. E descartei também a possibilidade de deixá-lo em qualquer creche aqui do meu atual bairro (tudo caríssimo). Afinal, seria algo provisório, já que até o final do ano a gente deve sair daqui.

Na segunda tentativa obtive mais sucesso: R$470 e R$450 o turno de 8h, num bairro próximo ao meu trabalho. No dia seguinte fui lá visitá-las ao vivo e a cores. Mais uma vez, decepção. E mais do que isso, indignação!! Higiene? Duvido que eles saibam o significado dessa palavra. No berçário, crianças pequenas de poucos meses de idade dividem o espaço com bebezões de 2 anos. No mesmo chão onde os pobrezinhos brincam e rolam, tinha um saco de lixo semi aberto. O local de troca de fraldas é um balcão-pia totalmente inapropriado. Os bercinhos são um atentado às normas do INMETRO: o vão entre as grades laterais era tão absurdo que um bebê passaria tranquilamente por ali. Sem falar no pátio onde as crianças brincam e tomam o solzinho. Tudo extremamente SUJO. Brinquedos sujos, carrinhos sujos, cadeirinha do papá suja!! MEO DEOS.

Mas teve uma coisa que conseguiu me deixar ainda mais chocada. Quando chegamos lá (eu, Gabriel e minha mãe), era hora da soneca e os bebês estavam dormindo sozinhos no berçário, que além de tudo, fica num lugar afastado do resto da escolinha (um puxadinho atrás da casa). Gente, e se algum deles acordasse assustado? E se algum se engasgasse durante o soninho? E se trancasse o pescoço naquele berço horrível? E se tentasse pular pra fora? E se MUITAS COISAS?!?! Que creche do mal é essa?!?! E o mais impressionante é que não é um caso à parte, não. No mesmo dia eu visitei outra em condições parecidas.

Eu já tava triste, cada vez me convencendo mais que seria impossível largar meu filho, que o mais prudente seria largar o emprego!!! Mas eis que surge a creche dos meus sonhos. Há 3 quadras do apto que estamos comprando (assim que concretizar o negócio eu conto mais detalhes), com segurança na porta (além de câmeras, que podem ser acessadas pelo site com senha), muitos pátios (um pra cada faixa etária), salas arejadas, amplas, organizadas.

Fomos atendidas pela diretora da escolinha, que já foi logo dizendo (parece que ela sabia dos meus anseios) que o berçário é dividido de acordo com o desenvolvimento do bebê: assim que eles começam a caminhar, eles passam pra outra turminha, a turminha "dos primeiros passos". Além disso, eles têm todo um projeto pedagógico, ou seja, crianças do berçário também participam das atividades da escola (inclusive fazem trabalhinhos para o dia das mães!!! A-M-E-I), trabalham com música, cores, formas e texturas. Bem diferente do "come e dorme" das outras creches. Ouvindo todas essas explicações eu já estava jogando os braços pro céu, imaginem a minha felicidade quando eu fui ver a sala do berçário com meus próprios olhos. Tudo MUITO LIMPO, muito organizado, muito tudo de bom! A começar que ninguém entra lá, a sala tem um janelão de vidro (igual aqueles de berçário de hospital), onde os pais podem ir dar a espiadinha básica nos pimpolhos, sem chamar a atenção. Lá dentro tinham 5 bebês e 2 berçaristas devidamente uniformizadas (usando inclusive touca). Os pequeninos brincavam felizes ou eram balançados naqueles bouncers maravilhosos!!!! Os bercinhos são aqueles tipo de camping (com telinha), sem perigo de enforcamento ou tentativas de fuga. O local da troca de fralda é separado da salinha e o branco reflete, de tão limpo.

Bom, depois de tudo isso, tinha que ter pelo menos um "contra" né. E óbvio que seria o valor. Mas como diz aquela propaganda.... "deixar seu filho num lugar limpo e seguro, não tem preço". O turno de 8h sai por R$635.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Voltando à forma

Preciso registrar! Semana passada tive uma consulta com a GO e pra minha surpresa perdi mais 2 quilinhos!! Agora faltam apenas 3 pra voltar à Débora-Pré-Gabriel.

A luta continua.

Meu tratamento das estrias também vai bem (bem dolorido). Já fiz 4 de 12 sessões e, sinceramente, não sei se vou sobreviver. :-) Na última, eu tive a infeliz idéia de contar quantas vezes o cidadão me espeta a agulha: 49. Só serviu pra aumentar a minha agonia.

Vou ser boazinha e NÃO vou postar aqui uma foto do "durante", que é pra não desanimar as futuras adeptas ao tratamento. Se o "antes" já tava horroroso, é melhor nem ver o "durante". A coisa é punk. Tô tão roxa e furada que às vezes duvido que possa ficar pior. Mas segundo o médico é assim mesmo. Cada novo roxinho demora uns 15 dias pra desaparecer.

Me resta confiar nele e acreditar que no final disso tudo o resultado vai ser no mínimo ÓTIMO. Aí sim, eu postarei, feliz e orgulhosa (e aliviada), a foto do "depois".

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Preparativos

Bom, quando eu achei que já estava tudo pré-encaminhado, inclusive com a creche do meu filho praticamente escolhida, veio essa novidade (do último post). Mesmo assim, já estou tomando as providências possíveis para o temido retorno ao trabalho.

Faltam exatamente 30 dias.

Até hoje meu pequeno Gabriel foi alimentado exclusivamente com LEITE MATERNO. Me orgulho disso, sim! Afinal, o menino esbanja saúde e as bochechas fartas comprovam que a produção da mami é de dar inveja a muita vaquinha por aí. Por isso, quando retornar ao trabalho no dia 06 de novembro, eu farei o possível pra que ele continue recebendo LM. E pra isso, eu fiz mais uma aquisição via internet (compulsiiiiiva!):

Potinhos da Medela pra estocar o leite. Dia 23 (duas semanas antes) eu inicio a missão. O LM pode ser refrigerado por 24h e congelado por até 15 dias. Mais uma árdua tarefa pela frente.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

felicidade de pobre dura pouco

Estou cansada, decepcionada, indignada e triste. Muito triste.
O negócio do apê novo não deu certo. Estava tudo praticamente encaminhado, mas não se pode mesmo confiar em corretores. Corretores acabam de entrar pra minha lista de "profissionais que eu abomino", bem ao lado de psicólogos e psiquiatras (nada pessoal).

Quando parece que tudo vai bem... a coisa desanda. Voltamos à estaca zero. Sem-teto, com um bebê que não dorme mais à noite.

Sem mais o que dizer.

Triste.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Calculando o estrago

Bom, pra completar a minha fase pessimista, nada melhor do que comentar sobre as minhas ESTRIAS. Pra quem nunca teve nem celulite (tá, uma ou outra, mas nada grave), elas vieram pra detonar totalmente minha auto-estima! Meu filho nasceu de 39 semanas e 5 dias. E as queridas apareceram mais ou menos 1 semana antes disso. Ou seja, se o Gabriel não fosse tão preguiçoso, mamãe aqui estaria salva!!!!!

Ontem eu fui numa clínica estética pra ver quanto custa o reparo da coisa. Logo de cara o moço que me atendeu já foi dando a boa notícia (que eu já sabia, mas sempre dói ouvir): estrias não têm cura. Estrias não desaparecem. Estrias são eternas. Bom... mas dá pra amenizar o caos. Basta ter dinheiro, disposição, paciência e MUITA vontade. Afinal, o "conserto" demora mais de um mês e não vai sair por menos de R$1.390!!!!!!
A partir de amanhã (claro, eu sou insana e já marquei as primeiras sessões), o roteiro da nova brincadeira é o seguinte:

- 12 sessões de Carboxiterapia (2 por semana), cada uma por R$70,00
- 5 sessões de Peeling de Diamante (1 a cada 2 semanas), cada uma por R$110,00

Dói, principalmente no bolso.

Mas quem ainda duvida da gravidade da situação, agora vai me entender:

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

3 meses - a crise

Pois é. Desde que fiquei grávida sempre ouvi que os primeiros 3 meses de vida do bebê fora da barriga eram os mais difíceis. Depois disso, tudo se estabiliza. O sistema digestivo está pronto, as cólicas desaparecem, as mamadas ficam mais espaçadas, as noites de sono vão gradualmente voltando ao normal. É MESMO?! Só se for com o filho dos outros!!!!!!!!! :-(

Com 40 dias de vida o Gabriel começou a espaçar a mamada da madrugada. Eu fiquei mega feliz, nunca imaginei que ia poder dormir mais de 6 horas seguidas tão cedo!! Já estava contando os dias pra chegada do 3º mês, mas a benção veio antes. Mas como não dá pra contar vitória antes do fim do jogo.... veio a virada. Gabriel simplesmente não dorme mais a noite. Gabriel que já não chorava mais de cólica há muito tempo, agora CHORA. Talvez nem de cólica, nem de dor, nem de fome, ele simplesmente CHORA. e Muito. Parece que resolveu tirar o atraso dos dias de paz que ele me deu lá nas primeiras semanas.

Quando ele dorme 4 horas seguidas já é motivo pra pular de alegria, pois é raro.

Hoje ele completa os tão famosos 3 meses. E agora? A gente passa 90 dias na expectativa e a sensação é a mesma de quando chegamos aos 18 anos: parece que ia ser uma grande transformação, mas a verdade é que nada acontece de um dia pro outro. E no caso do meu filho, acho que só me resta esperar de novo.

Mas nem tudo está perdido: sábado o Gabriel deu uma gargalhada. Gargalhada mesmo! Não foi um sorriso, nem uma risadinha... gente, foi uma gargalhada. E isso anula tudo de ruim que eu passei nesses 90 dias e que eu ainda passarei pelo resto da vida.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Filho é pra quem pode

Estou passando por uma crise. Lendo este artigo da Mônica Montone publicado no blog dela, sobre a questão "ter ou não ter filhos", vi muitas verdades, e infelizmente me identifiquei com algumas das palavras amargas.

Vou confessar aqui uma coisa que ninguém, além de mim, sabe: eu QUIS ter um filho. Lembro que quando desconfiei da gravidez, na primeira consulta com a ginecologista, ela me disse: "tu sabe né querida, nenhum bebê é gerado por acaso ou por descuido, bem lá no fundo do inconsciente sempre tem um desejo". No meu caso, nem era preciso ir tão a fundo. O desejo estava mais exposto do que se pode imaginar...

A verdade é que no mesmo momento em que eu finalmente conquistava minha tão sonhada liberdade (em 2006 eu consegui um bom emprego, saí da casa dos meus pais e mudei de cidade), minha mãe descobria um câncer, já em estado avançado. Por mais que eu tivesse muitas desavenças com ela, a notícia veio como um soco na boca do estômago, abalando todas as minhas estruturas. No mesmo dia em que ela baixou hospital, com dores horríveis (horas depois a gente descobriria do que se tratava), nós tivemos um briga feia. Daquelas que a gente perde o juízo, a razão, a noção, TUDO. Falei ABSURDOS que eu não gosto nem de lembrar. Entre gritos e choros, até um allstar velho eu arremessei contra minha mãe. Dá pra acreditar? Na mesma noite ela teve que fazer uma cirurgia de emergência, ainda sem saber ao certo o que ela tinha. Suspeitava-se de apendicite (bom se fosse!!!), mas era um tumor de mais de 10cm no intestino. Minha mãe ficou internada 15 dias no hospital, por ironia do destino, NA ALA DA MATERNIDADE (os outros quartos estavam lotados). Eu passei todos esses dias com ela, e durante todo tempo, não tocamos no assunto da briga. Era como se nada tivesse acontecido, mas o sentimento de CULPA que crescia dentro de mim, cresce até hoje.

Desde então, a família toda está unida nessa interminável maratona de cirurgias e quimioterapias. O câncer que começou no intestino, hoje já passou pro fígado. Os médicos são incansáveis e sempre surgem com um novo tratamento, mas todos sabemos que as alternativas estão acabando. Dói. Dói muito. Dói profundamente. E talvez a maior das dores seja esse SILÊNCIO. A incapacidade que eu tenho de poder dizer qualquer coisa pra minha mãe. Desde aquele fatídico dia, nunca mais brigamos. No máximo uma discussãozinha do tipo "não me diga o que fazer, eu já sou grandinha". Inexplicavelmente, o meu medo de magoar ou fazer qualquer coisa ruim pra ela é tão grande quanto a minha incapacidade de dizer "eu te amo". É óbvio que eu amo, eu só não consigo, de jeito nenhum, dizer.

Foi aí que eu encontrei uma "solução". Com a descoberta da doença, minha mãe ficou muito chateada, claro, mas (com a ajuda e apoio de todos) logo deu um jeito de começar a viver da melhor forma possível. Ela mudou muito. Passou a se preocupar menos com coisas irrelevantes e dar mais valor a coisas que passam despercebidas. Passou também a pensar muito no futuro. Embora ninguém mais na família queira admitir, ela tem consciência da possibilidade de não ficar muito mais tempo entre nós. E então ela tem pressa!!! Ela quer ver meu irmão numa boa faculdade (hoje ele tem 15 anos), ela quer que meu pai termine a pós-gradução, quer que eu me forme. Um dia ela comentou que queria me ver casada e com filhos. Ela queria poder conhecer os netos. Numa situação normal, seria um comentário que entraria por um ouvido e sairia pelo outro, já que eu não pensava em ter marido e filhos tão cedo. Mas aquele pensamento ficou me acompanhando por muitas noites sem sono. Se tinha algo que eu pudesse fazer pela mãe, era isso. Um neto traria a alegria de volta pra ela. Um motivo a mais pra viver. Mas até então isso ainda era uma idéia absurda, afinal, eu não tinha nem um relacionamento estável.

Então eu conheci o Fred e na primeira semana nosso namorico já foi ficando mais sério. Eu conheci os pais dele e ele conheceu os meus. Nossa primeira relação sexual foi cuidadosa, tudo certinho, do jeito que a gente aprende na MTV. Mas logo abandonamos a tal camisinha. Ele sabia que eu não estava tomando nenhum anticoncepcional, mas resolvemos arriscar mesmo assim. Não sei os motivos que levaram ele a isso (talvez o calor da hora, ou a confiança na tabelinha), mas EU, no fundo, queria um bebê. Lógico que se fosse tipo "Oi, Fred, quer ser pai do meu filho?" não ia rolar. Uma coisa mais "nossa, aconteceu e agora?!" seria mais aceitável, inclusive pra mim, que ainda achava isso um devaneio. Que fique claro que eu não usei ele pra procriar!!! Eu apenas me atirei nas mãos do destino. O que tivesse que ser, seria. E foi. Minha menstruação atrasou e só aí eu me dei conta do TAMANHO DA (IR)RESPONSABILIDADE!!!! Uma criança estava a caminho. Um neto para a minha mãe.

No início foi um tremendo susto, e como relatei lá no primeiro post desse blog, eu custei a acreditar no palitinho rosa. Cheguei a pensar em aborto, sim. Mas no meio do turbilhão de emoções, eu fiz minha escolha. E pra mim, a maior prova de que algumas coisas não são por acaso: com 25% de chance de acontecer, meu filho nasceu com os olhos iguais aos da minha mãe. AZUIS.
É aí que eu me identifico com este artigo aparentemente frio e insensível. Mesmo que (sub)inconscientemente, eu escolhi ter um filho pra satisfazer um desejo que nem era meu. Eu queria fazer minha mãe feliz, e esqueci de pensar no resto.

Esta é uma tarefa PRA QUEM PODE, e eu ainda não tenho a certeza de que eu posso.

Meus dias têm sido difíceis. O Gabriel é um bebê muito calmo, saudável (nunca ficou nem resfriado) e simpático (adora conversar e rir). É quase um absurdo dizer que um anjo desses está me enlouquecendo!! Mas creiam, está. Nos raros dias em que ele resolve ficar chatinho, ele me inferniza PRA VALER. E é nessas horas que eu vejo o quanto me falta paciência, dedicação e todas aquelas coisinhas essenciais para ser uma boa mãe. Meu filho merece muito mais do que eu consigo dar.

Eu quis fazer uma pessoa feliz, e agora tenho medo de estar sacrificando outra por conta disso.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

80



11 de setembro. Meu pequeno talibã está completando exatos 80 dias de vida.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Uma escrava do mamá

Ainda outro dia eu comentava aqui o quanto meu filho estava me deixando feliz, dormindo a noite inteira e sendo um garoto bonzinho durante o dia. Pois bem que me avisaram: bebês são instáveis. De uns dias pra cá, o Gabriel resolveu que dormir à tarde é bem mais legal.
E aí o que acontece com o bebê? Chega a noite e nada de soninho. Ele até dorme, mas nada de 6 horas seguidas, como fazia "antigamente" (79 dias de vida não é lá tão antigo assim). No máximo 4, e olhe lá.
E aí o que acontece com a mamãe? Vira um caco!!! A cada dia que passa eu me sinto mais fraca. Não tenho mais força pra levantar da cama. Antes o Gabriel dormia da meia noite às 6h ou 6:30, eu levantava com preguiça, mas logo estava bem. Agora ele me chama no máximo às 4h da madruga. Meu cérebro acorda e diz "vamos lá mamãe, vai atender o menino, é hora do mamá". Mas o corpo não responde. Mamãe fica lá atirada na cama, ouvindo o choro do bebê e pensando que merda de mãe é essa que não tá nem aí pro filho?!?! Eu simplesmente não consigoooooooooo mais!!!!!!!
Aí, vendo o estado crítico da situação, o marido levanta, pega o Gabriel, troca a fralda quando precisa, dá uma atenção, mas não adianta.. o que ele quer é o mamá!!! E o mamá, só a mamãe pode dar. EU SOU UMA ESCRAVA DO MAMÁ!!!!!!!!!!
Enquanto eu estiver amamentando meu filho, nunca mais vou dormir sossegada, nunca mais vou ter uma folguinha... nem sábado, nem domingo, nem feriado. "Só mais 5 minutinhos?" NUNCA MAIS! Toda vez que o Gabriel chamar, eu preciso estar pronta, no matter what. E sem reclamar, senão vai pro tronco.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

1 ano

No último sábado, dia 06 de setembro, eu e o namorido comemoramos nosso primeiro ano juntos. 365 dias de namoro e nós já temos um filho (de quase 3 meses) e um apartamento. É... é a família moderna.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Minha própria casa própria!

Geeeeeeeeente, conseguimos!!!!!!!! Encontramos um cantinho. Minha primeira casa própria, ai que emoção!!! Meu filho vai crescer em um condomínio com parquinho, árvores, amiguinhos... já to vendo ele correndo por lá, enlouquecendo os vizinhos! Enquanto isso, papai e mamãe aqui vão ter uma sacadinha com vista para o pôr do sol no rio. :-)
Não precisamos de mais nada. Pelo menos por enquanto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Slingando por aí

Viciei tanto nesse negócio de sling, que depois do tradicional resolvi comprar também um modelo pouch. E é ÓTIMO. O negócio é feito sob medida, e mesmo assim a cabeçuda aqui conseguiu medir errado e veio um número grande demais. Mas o Gabriel não tá nem aí, ele amou ficar slingado na vaquinha (a estampa é de vaquinha, não eu, ok?). O problema é que acaba forçando minhas costas, pois como tá grande ele fica escorregando no ombro. Semana que vem deve tá chegando a solução: troquei por um menor.


Mesmo com a coluna pedindo socorro, eu e Gabriel temos slingado muito por aí. No supermercado já viramos a sensação do momento! Pelos olhares, os funcionários devem pensar que eu levo o "saco" pra esconder mercadorias dentro. (Ainda bem que nunca ninguém pediu que eu me dirigisse ao setor de lacrar as bolsas antes de entrar). É tão bom ter as mãos livres pra carregar sacolas! Sem falar que não preciso usar aquelas cadeirinhas do carrinho de supermercado (elas são ótimas, mas quem é mãe me entende: são públicas e nada higiênicas).


Nossa busca pelo apartamento dos sonhos continua. E o Gabriel acompanhando tudo, claro, no sling. Já ouvi comentários clássicos do tipo "mas e a coluna dele? não machuca?". Dá vontade de responder "sim, é óbvio que machuca. Eu A-M-O maltratar meu filho". Para os espertos bastaria dar uma espiada na cara de "sofredor" do Gabriel dentro do sling.


A última slingada foi ontem, na minha faculdade. Tinha que fazer uma prova pendente do último semestre (meu filhote resolveu nascer 2 dias antes), e já aproveitei pra exibir meu herdeiro por lá. Não sei o que fez mais sucesso, se o tal sling da vaquinha ou os lindos olhos azuis do meu gurizinho (ele ficou atentamente olhando tudo e todos).



Quem se interessar: www.babycool.com.br

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Aprendendo com a Maria Elisa


Pra iniciante tá bom, não tá?


domingo, 31 de agosto de 2008

Fim da lei seca

Finalmente. Como diria a Raquel, eu e o marido finalmente "tivemos um momento". Ai ai. Depois de quase 3 meses... eu já tava esquecendo como se faz.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Milagres acontecem


Isso é o que acontece numa casa onde habitam uma mãe de primeira viagem e seu bebê.

Mas hoje eu acordei inspirada. Meu pequeno tem dormido 6 horas direto a noite e só quem é mãe sabe o quanto vale isso!!!! Então hoje foi dia de FAXINA. Além de lavar as janelas (tava precidando né), limpei o chão, limpei cozinha, fogão, azulejos..... quando percebi tava até passando as camisas do namorido!!!!! Me senti a legítima dona de casa. De vez em quando é bom. Só não dá pra pegar gosto pela coisa.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Doce rotina

Uau. 5 dias sem postar nada por aqui! Vocês devem estar pensando que eu andava muito ocupada, ou quem sabe até que resolvi fazer uma faxina na casa... QUE NADA! Eu estava curtindo o bom e velho "ócio" mesmo. Ócio = ficar em casa o dia inteiro com o bebê.

Mas nossos dias não se resumiram só a isso. Ensinei meu filho desde cedo a gostar dos passeios. Com 14 dias de vida o guri já tava "batendo perna" no shopping center! E não é que ele curtiu? Nunca vi uma criança dormir tão bem em lugares barulhentos e tumultuados de gente.

Essa semana mamãe e papai estão numa missão quase impossível: achar um apto novo pra morar! E o mais novo integrante da família (e maior motivo pra precisar de um lugar maior) nos acompanha bonito na aventura. Durante o dia ele fica no colinho da mamãe olhando milhões de fotos de imóveis em sites de imobiliárias, e no final do dia, quando papai chega, é hora de ir visitá-los pessoalmente. E o menino se comporta muito bem. Se soubesse falar, aposto que até daria uns palpites.

Aproveitando o bom comportamento, arriscamos até uma noitada na pizzaria. E deu certo. Viva o bebê conforto!! Gabriel entra na tal cadeirinha e não quer mais sair de lá. Dormiu feito um anjo enquanto papai e mamãe enchiam a barriga de pizza.

E assim os dias vão passando. Crises de choro já é quase coisa do passado. As cólicas não fazem mais parte da rotina, e quando resolvem aparecer, já mais facilmente controladas. Se antes eu me desesperava e chorava junto, agora eu já consigo contornar a situação e até me orgulho de mim mesma! E é incrível como tudo é facilmente esquecido... basta o Gabriel abrir aquele sorriso. Ah, aquelas risadinhas... mamãe fica toda boba!!! Tá aí o que fiquei fazendo todos esses dias (e poderia ficar assim o resto da vida): admirando cada pedacinho do meu filho.

sábado, 23 de agosto de 2008

Vacinas do mal!

O dia do mesversário foi também dia de vacinação. Anti-pólio, tetravalente, rotavírus e prevenar (pneumococo). Duas gotinhas e duas picadas nas pernocas! Pobre do meu pequeninho, foi guerreiro. Em cada agulhada, um único berro. Um berro mudo!!! O desespero era tanto que chegava a faltar o ar e a voz não saía. Três segundos depois já tava dormindo.
A pediatra mandou dar um Tylenol antes da vacina, pra evitar reações. Mas não adiantou muito, deu igual. Passou o dia dormindo, enjoadinho, resmungando baixo feito um bichinho. E febre. Não passou de 37,6, mas já serviu pra me deixar preocupada! Foi a primeira vez que vi meu gurizinho assim desse jeito... ele só queria colo. E mesmo que não quisesse, EU não queria desgrudar dele!
Mas é um mal necessário. Mil vezes prevenir do que remediar.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Dados oficiais do 2º mês

É hoje!!! 60 dias de Gabriel.


E ontem teve consulta com a pediatra:

*59cm e 5.250g de gostosura*

Um bebê perfeito, segundo ela. E eu, uma mamãe coruja.


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dois meses depois...

Amanhã o Gabriel complete seus primeiros 2 meses de vida.

DOIS MESES!!!!

Muita coisa mudou. Nele. Em mim. Por dentro e por fora. Em nós e na casa. Tudo e todos.

*inacreditavelmente a roupa do primeiro dia ainda serve (esticadíssima, mas serve)*

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Muito ocupada fazendo NADA

Quem acha que ficar em casa cuidando de um bebê é fácil, e que licença maternidade é FÉRIAS, está absurdamente enganado. Só porque eu tenho tempo de atualizar o blog e dar umas navegadinhas no Orkut, não quer dizer que está me sobrando tempo. Na verdade, está me faltando paciência. Quando o Gabriel resolve dar uma folguinha (as horas de sono na tarde tem ficado cada vez mais raras), eu sento no sofá e observo a casa: o pó tomou conta. A pilha de roupas pra lavar cresceu tanto que já não cabe no cesto de roupas sujas. A louça na pia já tá criando vida própria (bem que ela podia sair andando e não voltar mais). Minha cama - que aprece um ninhozinho - eu já nem perco tempo arrumando, já deixo pronta pra próxima. Sem contar as chupetas, fraldinhas de pano (encardidas de vômito), brinquedos, e outras coisinhas de bebê maravilhosamente espalhadas pela casa. Uma loucura!!! Visão pior do que essa, só quando eu dou uma espiadinha no espelho. Nem a chapinha permanente que me custou R$300 ajuda muito. Tá faltando vergonha na cara e um tratamento de choque!
Então, pra relaxar, eu me concedo o direito de fazer coisas inúteis.
E quando finalmente eu resolvo levantar o traseiro gordo da cadeira e TRABALHAR, eis que um Gabriel se manifesta. Se não é hora do mamá, é cocô. Cocô que saiu e precisa urgentemente ser tirado (o garoto ODEIA fralda suja), ou então cocô que NÃO saiu. E esse pode ser um problema ainda maior. Lá vai mamãe fazer ginastiquinha com as pernas do bebê pra ver se sai o pum. Depois da missão cumprida, chega a hora do banho. Nessa hora pelo menos eu faço um exercício físico, transportando banheira cheia d'água pra lá e pra cá (o banheiro é pequeno, tem que encher no chuveiro e levar até o quarto). E quando parece que a brincadeira acabou, já é hora do mamá de novo. E os minutinhos do arroto pós mamá já não satisfazem mais o bebê... nada de ficar deitado, ele quer ficar em PÉ. E os braços da mamãe percebem a cada dia o quanto ele tá ficando pesado!!!
Apesar disso tudo, chega o final do dia e inacreditavelmente eu consegui lavar pelo menos 65% da louça, passar uma vassourinha básica na casa, dar uma escondida no pó, jogar umas roupas na máquina e esfregar umas fraldas. Às vezes algumas dessas tarefas com pé embalando o carrinho.
Quando o marido chega em casa, o bebê tá cheirosinho, dormindo feito um anjo, num quarto razoavelmente organizado... e eu ainda tenho que ouvir comentários do tipo: "e mesmo assim não deu pra lavar toda a louça?"

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Santo leite!

Na minha consulta de final de quarentena, a médica me assustou: disse que meu leite estava acabando! Os peitos não estavam enchendo como deveriam. A solução que ela encontrou foi simples "1 comprimidinho por dia e vai ficar estourando!". Quando cheguei em casa e fui pesquisar sobre o tal remédio milagroso, outro susto: Equilid é um antidepressivo indicado em casos de esquizofrenia!!!! Após umas consultinhas no Google e nas comunidades maternas orkutianas, vi que a coisa era bem mais normal do que eu pensava. E me atirei.

E não é que funciona mesmo?! Peitos inflados!!! Leite jorrando!!! Justo agora que o Gabriel resolveu dormir mais de 6 horas seguidas (já é a 3ª noite consecutiva, estou amando muito tudo isso!), as mamadeirinhas da mamãe aqui quase explodem mesmo! Mas longe de mim reclamar da fartura. Consegui até fazer um estoque! Pras mamães que estão a procura, eu indico essa bomba tira leite da Lillo. Na primeira tentativa eu sofri, mas logo constatei que o leite não saía porque não tinha leite pra sair mesmo! Agora o problema tá resolvido. Tirei 50ml. Detalhe: em um ÚNICO JATO.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Coisinha maluca chamada "amor"

Nunca foi segredo e eu não tenho vergonha em dizer, mas confesso que às vezes me preocupa o que o Gabriel vai pensar disso quando crescer: meu relacionamento com o pai dele começou praticamente no dia em que ele foi concebido. Mas como a vida é feita de escolhas, não é por acaso que hoje nosso anjo está aqui. Juntos, nós escolhemos que o Gabriel fizesse parte de nossas vidas. Nós escolhemos abrir mão de algumas coisas e nos lançarmos num futuro incerto. Escolhemos deixar de ser um, para nos tornamos três! E assim foi.

Hoje eu posso dizer aliviada que foi uma boa escolha. Não tenho nada do que reclamar. Foram nove meses de crescimento e descobertas. Dentro de mim crescia um pequeno embrião, e eu começava a me descobrir mãe. Por fora eu descobria um novo companheiro, uma nova forma de ver a vida, e assim crescia o amor.

Foram intensos nove meses que valeram por uns nove anos.

Espero que a era pós-barriga não acabe com a mágica.


domingo, 17 de agosto de 2008

Preciso registrar isso

Gabriel mamou às 22h e depois só 6:30.

Gabriel dormiu das 23h às 6:30.

Gabriel deixou a mamãe feliz.


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Coisas da internet

Dica da Diva, outra pessoa muito legal que conheci no tal Orkut.

http://www.myspace.com/acalanto

Bipolaridades

Não adianta, é assim mesmo... não dá pra elogiar!!!! Depois de várias noites dormindo feliz, tivemos uma do cão! Começou tudo maravilhosamente bem: mamá às 22h, soninho das 23h às 3:30, mamá de novo e logo depois volta pro soninho. Às 5:30 eu acordo (depois de sonhar que meu filho estava sendo devorado por formigas assassinas...?!?) e percebo que ele tá chorando de verdade. Quando chego no berço, ele tá vomitando pelo nariz! Depois de mais umas 2 golfadas e muito choro, fiz ele dormir. Mas aí não sobrou nem 30 minutos pra mim e já era hora do mamá de novo. E, como sempre, depois das 7h nada de dormir. Me restou preparar um café preto bem forte e assistir as olimpíadas.

Mas o inferninho não acabou por aí. Das 10h às 13h foi só choro, resmungo e lamentação. Corre pra cá, corre pra lá, verifica fralda, frio, calor, fome... nada? Mas o que é então que faz essa criança chorar tanto?!?!?! Nessas horas eu perco a paciência. E não me orgulho disso. O pobre serzinho não pediu pra estar nesse mundo. Se eu fui irresponsável o bastante pra colocá-lo aqui, que agora eu seja paciente o suficiente pra aguentar.

É, às vezes eu acho que sou bipolar mesmo. Não tem outra explicação. Eu pensei que ia sobreviver.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Scrapbooking Digital

Arte da Maria Elisa, uma pessoa muito legal que conheci no tal Orkut.



Também no Orkut, mais informações sobre o assunto:
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=2025996

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Soninho

Eu sempre gostei muito de dormir. Quando não trabalhava ainda, costumava dormir umas 12 horas por dia. Pois é, metade do dia! Depois que virei uma assalariada, deixei isso pros finais de semana. Mas as horinhas de sono sempre foram preciosas pra mim.

Eis que chega o Gabriel. Pequeno ser faminto que a cada 3 horas acorda pedindo comida!!! E nessa hora ninguém pode fazer nada, a não ser EU, detentora da teta sagrada. Então da meia noite às 7h (horário que eu costumava dormir até então), eram 3 mamadas: a das 24h, das 3h e das 6h. Em cada uma se vão uns 20 minutos, mais uns pra trocar fralda e outros pra fazer o pequeno dormir de novo (isso quando não tem que fazer ele parar de chorar), o que no final dá em torno de 1 hora a menos no intervalo de 3 horas! Ou seja, nesse período a pobre mãe aqui dormia umas 4 horas. 4 horinhas (divididas em 2 períodos de 2h) pra quem antes dormia 12!!!! Não é mole não. E por que então eu não continuo dormindo depois do mamá das 6h? Porque ele não deixa!!! O garoto é madrugador. Depois desse horário, nada de soninho. Aliás, foi assim desde o dia 21/06/2008, quando comecei a sentir as dores do parto. Ele veio ao mundo às 6h do dia 22. Desde então, eu perdi a vez.

Mas nas últimas semanas a coisa tem mudado de cara. De vez em quando o Gabriel estica a hora do mamá em quase 6 horas! Claro que dessas 6, me sobram umas 4 pra dormir... mas mesmo assim, 4 horas ininterruptas já é um grande avanço em 50 dias. Dizem que lá pelo 3º mês isso vira rotina. Finalmente as noites serão para dormir. Mas eu não tenho do que reclamar! Todo o cansaço, mau humor, stress e olheiras... não é nada comparado ao que a gente ganha em troca.


terça-feira, 12 de agosto de 2008

Recauchutada

Bom, dei uma fugida e passei 1 semana na casa dos meus pais, na serra. Não é fácil ficar o dia inteiro sozinha com um bebê que chora e mama a cada 3 horas. Às vezes não sobra um tempinho nem pra fazer um xixi (quanto mais o nº 2). Então eu pedi socorro pra minha mãe, lógico! Aproveitei essa semana pra colocar algumas coisas em dia, principalmente as minhas consultas médicas. Fui no dentista (coisa que eu não fazia há.. humm... uns 5 anos? sim, vergonha!!), mas pra minha surpresa só foi preciso uma limpeza, os dentes ainda estão perfeitos! Já no oftalmologista a notícia não me surpreendeu: desde o ano passado minha visão piorou muito, então 0.75 de miopia já era esperado. Aproveitei a folga e encomendei os óculos. Dois dias depois já estavam prontinhos, e pra completar o novo visual, nada melhor do que um dia inteiro (inteiro mesmo: das 13h às 21h) no salão de beleza. E viva o tioglicolato de amônia!!! Alisei os cabelos e fiz um corte mais decente (o último era de minha própria autoria, nem preciso dizer que o alisamento ressaltou a imperfeição das tesouradas). O resultado tá aí na foto.

Agora, mais do que nunca, me sinto uma autêntica mamãe.


terça-feira, 29 de julho de 2008

Insegurança

Ontem morreu um bebê de sete meses (http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL703231-5605,00-FAMILIA+PROTESTA+EM+FRENTE+A+CRECHE+ONDE+MORREU+BEBE.html), com o mesmo nome do meu filho, enquanto dormia na creche. Um absurdo. Só de pensar que em menos de 3 meses eu terei que largar meu filhote num lugar desses, me dá uma dor no coração. Preferia largar o emprego. :-)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A descoberta do mês!



Meu filho nasceu com 3.280g e até agora vem ganhando em média 60g por dia. Não é fácil, nem leve. Ontem chegou pelo correio uma das melhores aquisições que eu fiz nos últimos tempos!! Não é nenhum aparelho eletrônico ultra moderno, nem roupas novas. É um SLING!!!!!!!


Pelo menos a minha dor nas costas acho que está resolvida.




terça-feira, 22 de julho de 2008

Deu positivo

05 de outubro de 2007, 11:45. Peguei o teste de farmácia e entrei no banheiro. O palitinho ficou mergulhado no xixi e os 3 minutos de espera pareciam não acabar nunca! Se ficar rosa, positivo. Se azul, negativo.
O telefone tocou, era meu namorado me esperando na frente do prédio. Desci ainda com o tal palitinho na mão. "Fred, ficou rosa". Na hora ele não entendeu nada, e na verdade nem eu mesma tinha noção do que estava por vir. A verdade é que, a partir daquele dia, muitas vidas mudaram. Eu estava grávida.

...

26 de outubro de 2007. A primeira ecografia.
"Ainda é muito cedo pra ver o embrião, mas ali está o saco gestacional, com umas 4 semanas já", a médica disse.
Uau, 4 semanas? 1 mês? Foi só ali naquele momento, vendo aquele pontinho branco dentro dum pontinho preto que caiu a ficha. Tinha um outro ser dentro de mim!!! Um pequeno embrião, ainda invisível. Uma pessoinha. E agora?!

...

Logo o pequeno saco gestacional virou um pequeno Gabriel. Foram 9 meses de espera e preparação. Muita preparação! E quando finalmente chegou a hora, a única coisa que eu conseguia pensar era que não estava preparada o suficiente. Quando aquele serzinho saísse de lá, eu teria que cuidar dele. E quem ia cuidar de mim? Minha missão é proteger e guiar essa nova criaturinha, mas quem vai ME guiar? Quem vai me dizer o que fazer quando eu não souber? Quem vai atender os meus gritos? Dizem que quando nasce um bebê, nasce também uma mãe. Só me restava segurar esse pensamento com todas as minhas forças.

...

22 de julho de 2008. Hoje meu filho completa 1 mês de vida. Há 30 dias atrás, pela primeira vez em toda a gestação (e em toda a vida) eu senti as tais contrações. Era um sábado à tarde. Monitorei até o domingo de madrugada. Sentada no sofá, com o relógio na mão, eu só conseguia pensar na orientação da médica: "quando sentir de 5 em 5min por meia hora, corre pro hospital". Eu estava sentindo de 5 em 5 por 50 minutos, mas não tinha coragem de correr pro hospital. Às 3:30 da madruga eu chamei o namorado (que já estava roncando há horas), pegamos as malas e fomos. Do mesmo jeito que eu não acreditava quando vi o palitinho rosa, eu não acreditava que ia finalmente conhecer meu filho naquele dia. Parecia tudo um sonho. Quando as contrações aumentaram e a médica disse que não havia dilatação, por isso teríamos que fazer uma cesárea, tudo virou quase um pesadelo. Fui pra mesa de cirurgia ainda sentindo as dores, passei mal com a anestesia, meu filho estava preso embaixo da costela e não queria sair de jeito nenhum. Parece até que aquela dificuldade toda era fruto do meu medo.
Às 6:36 o pequeno grande Gabriel deu o ar da graça! Aquele chorinho... nunca mais vou esquecer (até por que eu ainda ouço ele todo dia). Aquele domingo, 22 de junho de 2008, foi o início de uma nova vida, em todos os sentidos.