quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Muito ocupada fazendo NADA

Quem acha que ficar em casa cuidando de um bebê é fácil, e que licença maternidade é FÉRIAS, está absurdamente enganado. Só porque eu tenho tempo de atualizar o blog e dar umas navegadinhas no Orkut, não quer dizer que está me sobrando tempo. Na verdade, está me faltando paciência. Quando o Gabriel resolve dar uma folguinha (as horas de sono na tarde tem ficado cada vez mais raras), eu sento no sofá e observo a casa: o pó tomou conta. A pilha de roupas pra lavar cresceu tanto que já não cabe no cesto de roupas sujas. A louça na pia já tá criando vida própria (bem que ela podia sair andando e não voltar mais). Minha cama - que aprece um ninhozinho - eu já nem perco tempo arrumando, já deixo pronta pra próxima. Sem contar as chupetas, fraldinhas de pano (encardidas de vômito), brinquedos, e outras coisinhas de bebê maravilhosamente espalhadas pela casa. Uma loucura!!! Visão pior do que essa, só quando eu dou uma espiadinha no espelho. Nem a chapinha permanente que me custou R$300 ajuda muito. Tá faltando vergonha na cara e um tratamento de choque!
Então, pra relaxar, eu me concedo o direito de fazer coisas inúteis.
E quando finalmente eu resolvo levantar o traseiro gordo da cadeira e TRABALHAR, eis que um Gabriel se manifesta. Se não é hora do mamá, é cocô. Cocô que saiu e precisa urgentemente ser tirado (o garoto ODEIA fralda suja), ou então cocô que NÃO saiu. E esse pode ser um problema ainda maior. Lá vai mamãe fazer ginastiquinha com as pernas do bebê pra ver se sai o pum. Depois da missão cumprida, chega a hora do banho. Nessa hora pelo menos eu faço um exercício físico, transportando banheira cheia d'água pra lá e pra cá (o banheiro é pequeno, tem que encher no chuveiro e levar até o quarto). E quando parece que a brincadeira acabou, já é hora do mamá de novo. E os minutinhos do arroto pós mamá já não satisfazem mais o bebê... nada de ficar deitado, ele quer ficar em PÉ. E os braços da mamãe percebem a cada dia o quanto ele tá ficando pesado!!!
Apesar disso tudo, chega o final do dia e inacreditavelmente eu consegui lavar pelo menos 65% da louça, passar uma vassourinha básica na casa, dar uma escondida no pó, jogar umas roupas na máquina e esfregar umas fraldas. Às vezes algumas dessas tarefas com pé embalando o carrinho.
Quando o marido chega em casa, o bebê tá cheirosinho, dormindo feito um anjo, num quarto razoavelmente organizado... e eu ainda tenho que ouvir comentários do tipo: "e mesmo assim não deu pra lavar toda a louça?"

4 comentários:

Maria Elisa disse...

estamos no mesmo barco
tirando o fato de o marido nao fazer esse tipo de comentário pq senão vai ouvir o que não quer =)
passar vassoura? nem pensar, aqui é um pó do inferno (nao sei se tem pó no inferno, mas se tiver nao deve ser muito diferente daqui) portanto a casa fica diuturnamente fechada, abro um pouquinho as janelas a tarde e depois ja fecho, tem uma pilha de roupa do tiago pra passar, e só do tiago, pq a da mamae e a do papai nao são mais passadas , legal né!!

Raffu disse...

HAUAHUAAHAUHAUA passei mal agora.
É.. rapadura é doce mas não é mole não.
Imagino você ao fim do dia... e o pior que, o serviço de casa da pra dar uma enganadinha basica, agora o serviço de mãe é 24 horas, sem dia de folga.

=**

Unknown disse...

Dé do céu....vc esqueceu de continuar contando sobre as madrugas a dentro....SOCORRO!!!
nada pior do que uma noite mal dormida!!!
dei muita risada aqui lendo,é rir pra nao chorar!
estamos todas no mesmo barco!
bjokas

Lorena Lara disse...

Como tudo tem um lado bom na vida, analise comigo, Dé: se não fosse a presença do Gabriel, certamente vc teria que ser uma "Maria" exemplar. Pelo menos temos uma boa justificativa pra nos agarrar quando o caos está instalado, né não? hehehehe
bjos