Hoje foi um dia histórico. Gabriel tomou
TODA a mamadeira com o leitinho da mamãe lá na creche.
150ml. Ufa.
Hoje também ele começou a comer
frutinhas e sopinha no almoço.
Dói o coração por não ter estado presente nesse momento tão importante da vida do meu pequenino.
:-( A primeira papinha foi na creche. Eu estava longe, apenas imaginando meu pimpolho fazendo caras e bocas, colocando toda a comidinha pra fora e depois querendo mais. Fiquei imaginando como seria divertido e inesquecível. Fiquei assim,
só imaginando e depois ouvindo os relatos das tias do berçário.
Ele comeu pouco, mas tudo dentro do normal para uma primeira vez. Por mais detalhes que elas me contassem, não é igual.
Eu queria estar lá.
Queria ter visto.
E esse é o preço que se paga por ser uma
mãe-trabalhadora. Muitas outras primeiras vezes do meu filho eu ainda vou perder. Primeiras palavras, primeiros passos, primeiro xixi no pinico...
A gente passa 9 meses se adaptando com a idéia de ter um filho. Uma pessoa a mais na nossa vida. Um alguém totalmente dependente de nós. E então ele chega, e a gente passa 4 meses vivendo 24h grudadinha com ele, alimentando e dando amor. Precisamos novamente nos adaptar, pois agora as prioridades são outras. Eis que chega a hora da separação. Com o fim da licença maternidade, acabam-se também todos os privilégios de mãe. Adeus amamentação exclusiva, adeus horas a fio de brincadeirinhas bobas, adeus descobertas diárias, adeus. Dificilmente seremos as primeiras a presenciar as novas peripécias dos nossos filhos. Depois de tanto tempo de suada (e mal dormida) dedicação, quando eles estão grandinhos, espertos, risonhos e simpáticos, é hora de deixá-los na creche. Elas, as tias do berçário, ficam com a parte mais fácil e mais recompensadora de todo o processo. Aquilo que devia ser devido a
nós, MÃES, fica com elas,
estranhas.
Resta me contentar com as sobras de novidade, como a cenourinha que saiu hoje no cocô do Gabriel quando ele chegou em casa.
:-)