sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Paradoxos

Se por um lado a rotina me sufoca, por outro é ela que tem me salvado. Desde que o Gabriel começou a jantar na creche, nós estabelecemos uma sequência aqui em casa que tem sido infalível: banho, mamá e cama. Ele volta da escolinha cansado, e eu e o papai cheios de saudades, então ficamos fazendo folia com ele até ele ficar exausto! (pobre criança). Quando chega 21h ele não aguenta mais e começa a resmungar. É hora do banho. Com esse calor todo (até isso tem ajudado), ele ADORA ficar na água. Aí é mais uma festa! Às 21:30 ele já está no bercinho, e é lá mesmo que ele ganha a última mamadeira do dia. Quando os 180ml terminam ele já está num sono profundo. Vira pro lado com o paninho dele e dorme que é uma beleza. Há mais de 1 mês ele praticamente não tem acordado de madrugada e só quem é mãe entende o quanto isso é MA-RA-VI-LHO-SO.

Outra coisa ruim que no final tem sido boa, é o desmame. Já faz quase 2 meses que meu leite acabou. Acho que nem cheguei a comentar isso aqui, pois minha vida estava uma bagunça sentimental nesse período. Desde o final do ano passado, mais precisamente depois que minha mãe faleceu, meu leite começou a diminuir. E pra falar a verdade verdadeira, eu não fiz esforço nenhum pra reverter a situação. Abandonei até o Equilid, assim, de um dia para o outro. Isso só contribuiu pra aumentar minha deprê e secar mais rápido ainda o LM. Mas isso já são águas passadas, hoje o Gabriel está se dando super bem com a mamadeira e eu também já me conformei por nunca mais sentir o prazer indescritível que é amamentar. O que eu ainda não consegui digerir foram as consequências físicas desse processo. Resumindo: peitos murchos e caídos!!!!!!! Tudo bem, eu sempre fui despeitada e devia saber que os "peitões" (até parece que eram grandes!) não durariam pra sempre. Mas eu não esperava que eles fossem despencar tão rápido. Maldita lei da gravidade.

Por outro lado (aleluia! sempre tem o outro lado), depois de mais de 1 ano (9 meses de gravidez e 6 de amamentação) eu pude sentir de novo um pouquinho do gosto da liberdade. Agora posso comer e beber o que eu quiser. Agora não preciso mais andar 24h por dia com um bezerrinho faminto me seguindo. Agora eu posso sair, fazer minhas coisas, sem hora certa pra voltar. Agora eu posso vestir meus velhos sutiãs!!! Mas o melhor de tudo... agora eu não preciso mais comparecer no mamá do madrugadão!!!!!! Quando o Gabriel acorda com fome de madruga, quem levanta e prepara a mamadeira é o marido.

Mas.. por outro lado (nossa, já virou um triângulo, com tantos lados!) essa "liberdade" fica restrita dentro da tal rotina. E é aí que se fecha o ciclo paradoxal da minha vida. Com a amamentação exclusiva era muito mais fácil ir a qualquer lugar, pois quando o Gabriel tinha fome era só sacar o peito e deu. Leitinho prontinho, tudo facinho. Agora, com a história da mamadeira (que só pode ser preparada na hora), frutinha da manhã, almoço, frutinha da tarde e janta (que também tem seus rígidos horários) sair pra qualquer lugar se torna uma missão quase impossível. É preciso ter muito planejamento e muita paciência. E no meu caso, falta paciência pra tanto planejamento. :-)

Depois disso tudo só tenho uma coisa a dizer:
ai, ai.

4 comentários:

Maria Elisa disse...

hahahahha
eu adorei o texto
bjo

..:Gabi:.. disse...

É... num tem jeito... rotina é rotina... pra mim o unico jeito é tentar se encaixar na rotina...

Unknown disse...

Me emocionei....

Dos Santos disse...

ai,a i.
Estou buscando a maravilha que é dormir a noite toda. Acho que logo, logo terei isso de novo.E concordo que a liberdade da maamdeira é paradoxal. Antes quando o Samuca estava só no peitinho era muito mais fácil!