segunda-feira, 20 de abril de 2009

Momento desabafo (deve ser a TPM)

Meu aniversário passou e eu não tive nada pra comemorar. Sim, eu sei, eu tenho um filho. Um bebê perfeito. Mas dá licença, estou me sentindo incompleta.

De repente eu deixei de ser eu mesma e passei a ser outra. Sou mãe, mulher, cheia de responsabilidades e tarefas. Eu tenho uma casa pra cuidar, um filho pra criar, um marido pra dividir tudo. Na alegria e na tristeza.

Mas o que acontece é que a gente só tem dividido a alegria. No meu caso, uma pseudo-alegria. Eu estou triste, cansada, exausta, e não me acho no direito de dividir isso com ninguém (a não ser aqui, no fabuloso mundo virtual). A casa? A casa quem cuida atualmente é a faxineira. Santa faxineira que me cobra 25 reais por semana. Toda terça-feira eu chego do trabalho e sou uma pessoa feliz: casa limpa e organizada e eu não precisei mexer um dedo. O filho? Não é com satisfação, mas eu digo, quem cuida do meu filho é a creche. É lá que ele come, brinca, dorme, se desenvolve. É lá que ele cresce todo dia. Quando eu pego ele no final da tarde, mal tenho força pra subir os 4 lances de escadas do prédio... quanto mais pra fazer meu papel de mãe.

E essa é a verdade.

Bem ou mal eu deixei de ser quem eu era pelo dever de ser alguém diferente. Alguém que eu também não sou. Uma pseudo-mim. Eu me olho do espelho e não vejo ninguém.

domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa.

Primeira Páscoa com meu filhote. Nada de chocolates. Há algumas semanas descobrimos que a tal tosse do Gabriel é ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA. Então todos os seus derivados estão proibidíssimos na alimentação dele. E nossa, como isso é difícil. Nada de Nestogeno, nada de Farinha Láctea, iogurte, bolachas, bolo. Nada, nada. E óbvio (mesmo se eu não achasse muito cedo), nada de chocolate.


Então essa foi uma Páscoa assim, vazia. Meu consolo é que ano que vem pode ser melhor. :-)






Pequeno parêntese. Ontem eu sonhei com minha mãe. Eu andava com ela pela rua e de repente ela abre um envelope e lê o resultado de um exame: o cancer tinha SUMIDO. E eu abraço ela e choro, choro MUITO, choro como eu nunca chorei na vida. Foram segundos mágicos. E o melhor de tudo foi aquele abraço. Acordei com um nó na garganta... e o desejo de que o "renascimento pascal" não fosse só mágica igual o coelhinho.