segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O lado bom

Nem só de tristezas foi o Natal.

Comprei com muito carinho uns mimos pro meu filhote. Coloquei os pacotes no pé da árvore e depois foi aquela festa na hora de abrir os presentes.

Um dos presentinhos já foi inaugurado ontem, aproveitando o calor insuportável que fez por aqui:


A piscininha foi aprovadíssima.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Final

Lá se vai dezembro, lá se vai mais um ano.

Em 2007 eu passei o Natal na casa dos meus pais. "Abandonei" o marido e fui pra lá com o Gabriel na barriga. Nunca gostei muito dessa data, mas sempre fiz o possível pra reunir a família e ficar ao lado de quem eu gosto. É verdade que nem sempre é possível reunir todo mundo. Mas nessa vez eu tomei a decisão certa. Ninguém podia imaginar, mas esse foi o último Natal que passamos com minha mãe. E eu lembro de cada detalhe desse dia. Eu lembro do abraço que ela me deu quando revelamos o amigo secreto (ela me tirou!). Ganhei o DVD da primeira temporada do seriado Mothern.



Esse ano, o que ganhei foi saudade. Só saudade. Nossa despedida começou há mais ou menos 2 meses, quando descobrimos a metástase do cancer para o cérebro. Todos sabíamos, inclusive minha mãe, que o final estava próximo. Mas saber é diferente de ver. Conforme o tempo ia passando e a situação piorando, era como se eu fosse perdendo a consciencia junto com ela... eu via, mas não acreditava. Primeiro ela perdeu os movimentos do lado direito e depois parou de andar totalmente. Então ela me dizia que eu precisava cuidar da casa quando ela se fosse. Precisava cuidar do meu irmão, ajudar ele a comprar roupas novas (homens não são bons nisso) e não deixar ele se perder nos estudos. Dizia que eu podia ficar com algumas roupas dela - que ela gostaria disso - e que as outras era pra doar pra quem precisa. Eu ouvia cada palavra e não conseguia acreditar que logo ela não estaria mais ali. Nunca mais. Parecia que ela estava se preparando para uma viagem. Mas não uma viagem sem volta.

Quando ela parou de falar foi mais doloroso. Minha mãe era minha amiga e eu gostava muito de ouvir a opinião dela sobre tudo! Mesmo que fosse só pra discordar. E então de repente ela se calou. Ela continua ali presente, mas não se comunicava mais. De vez em quando fazia alguma gesto e sempre apertava forte a minha mão quando eu estava com ela. Ela me olhava nos olhos e eu via um pedido de socorro, um grito de angústia!!! Eu queria explodir.

E então a situação se agravou e ela precisou ser internada no hospital. Fui junto com ela, dentro da ambulância, disse pra ela que ia ficar junto até o final. E fiquei. Foi pouco mais de 1 semana. Ela já não fazia mais nada sozinha, nem saía da cama. As pernas incharam muito, apareceram feridas pelo corpo, os órgãos foram parando de funcionar. Dia 22 - dia em que o Gabriel completou 6 meses de vida - minha mãe morreu. E exatamente como eu prometi pra ela, eu fiquei lá, até o último segundo, segurando a mão dela enquanto ela se ia. Ela se foi tranquilamente, sem sentir dor. A respiração foi diminuindo, diminuindo, até cessar. Eu segurei aquela mão gelada, já quase sem vida, e não podia deixar de pensar que ainda tinha tanta coisa pra ser dita, tana coisa pra ser vivida!!! Era como se ela estivesse caindo num abismo e eu não conseguisse mais agarrá-la.

Minha mãe faleceu num dia 22, num hospital, usando fralda e uma pulseirinha de identificação com o nome dela e da mãe dela. Exatamente como meu filhote Gabriel, quando nasceu.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Um anjo



Este é o ÚNICO motivo pra não odiar o Natal esse ano.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Nova rotina

Estou TÃO na correria, que às vezes mal sobra tempo pra fazer o nº2 no banheiro. Já estamos há 1 semana no apto novo (aaaaleluia!), mas a bagunça por aqui ainda é IMENSA (parece que chegamos ontem).




Essa história de esperar a reforma do apto novo estava me deixando exausta. Tínhamos que acordar cedíssimo pra deixar o gabriel na creche (que é perto do apê novo, ou seja, do outro lado da cidade), depois voltar pra ir pro trabalho. Com a minha jornada reduzida para 5h, eu saía cedo e ia direto pra casa (a velha), tirar o leite pro dia seguinte, depois atravessava a cidade de novo pra dar uma espiadinha na obra, por fim pegava o filhote na creche e voltava pro antigo apê. Haja gasolina e paciência com tanto vai-e-vem. E nos pequenos intervalos dessa loucura eu ainda tinha que arranjar tempo pra visitar minha mãe, que está em Porto Alegre fazendo um tratamento.

Com tanto stress eu achei que nem ia mais conseguir tirar leite. O fato é que consegui sim. 300ml diários, com muito orgulho.


Com a mudança, a tendência era que tudo se aquietasse. Que nada. No dia seguinte, voltando bem feliz do trabalho, bati o carro. Um infeliz numa kombi resolveu parar no meio da rua, logo depois duma curva. O fiesta que ia atrás dele parou repentinamente e eu colei na traseira dele (que por sua vez colou na traseira da kombi). Fizemos um embolotamento de 3 carros. Tudo isso num dia quente de 34º. Perdi a tarde inteira resolvendo burocracias com fiscais de transito e escrivãos da delegacia. Ninguém ficou ferido, a não ser o meu carro (que nem MEU é, é o namorido), que foi o mais prejudicado dos 3. Por sorte tem seguro.

Além disso, meu filhote pegou uma virose na creche. As 10h da manhã me ligam de lá pra dizer que ele estava com 38,2 de febre e diarréia. Assim, do nada! Em casa ele estava bem. Aí já fiquei me culpando por não ter percebido que tinha algo errado. Me achei a pior mãe do mundo. E saí correndo pra levá-lo num médico. A pedi dele está em férias e, embora seja uma ótima pessoa e profissional, já estava me irritando por causa dos horários (ela só atendo seg, ter e qui, das 15h as 17h). Aí procurei outro pelo meu convênio, no bairro novo, e fui. Gostei bastante. Nos atendeu no mesmo dia, super simpático. Disse que era apenas uma virose, nada preocupante, e que não ia receitar nenhum medicamento, porque o melhor remédio é o leite materno. Simples assim.


Complicado foi quando eu cheguei em casa e comecei a me sentir estranha... Ainda discuti com o marido por causa da sujeira que ele e o sogro tinham feito quando furaram as paredes pra colocar uns armários. As coisinhas do bebê ficaram cheias de pó (e eu pedi TANTO pra cuidar isso). Aí surtei. Mas SURTEI mesmo. Gritei, chorei, me atirei na cama, queria morrer. (trágico). Foi aí que comecei a sentir uns arrepios de frio, medi a temperatura: quase 39 de febre. Passei muito mal a noite inteira, nem fui trabalhar no outro dia.


Por causa disso tudo, mais os transtornos da mudança, fazem uns 4 dias que não consigo tirar leite pro Gabriel. Na creche ele tá tomando NAN. E eu já noto os resultados: ontem ele ficou mais de 24h sem fazer cocô. Ele sempre faz diariamente pelo menos umas 3 vezes. Pobre picorrucho da mamãe!!!

Mas o pediatra diz que ele está ótimo. Estas são as medidas de 08/12/08 (5 meses e meio):


7.800g e 67cm






E pra descontrair um pouco e aliviar as tensões, estreiamos o salão de festas do prédio em grande estilo: com um Orkontro de Bebês de Porto Alegre!!! Só não foi perfeito porque faltou a Maria Elisa e o Tiagão.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quase lá



Reforma quase concluída, malas quase prontas.
Apê novo!!!!!!