quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Calculando o estrago

Bom, pra completar a minha fase pessimista, nada melhor do que comentar sobre as minhas ESTRIAS. Pra quem nunca teve nem celulite (tá, uma ou outra, mas nada grave), elas vieram pra detonar totalmente minha auto-estima! Meu filho nasceu de 39 semanas e 5 dias. E as queridas apareceram mais ou menos 1 semana antes disso. Ou seja, se o Gabriel não fosse tão preguiçoso, mamãe aqui estaria salva!!!!!

Ontem eu fui numa clínica estética pra ver quanto custa o reparo da coisa. Logo de cara o moço que me atendeu já foi dando a boa notícia (que eu já sabia, mas sempre dói ouvir): estrias não têm cura. Estrias não desaparecem. Estrias são eternas. Bom... mas dá pra amenizar o caos. Basta ter dinheiro, disposição, paciência e MUITA vontade. Afinal, o "conserto" demora mais de um mês e não vai sair por menos de R$1.390!!!!!!
A partir de amanhã (claro, eu sou insana e já marquei as primeiras sessões), o roteiro da nova brincadeira é o seguinte:

- 12 sessões de Carboxiterapia (2 por semana), cada uma por R$70,00
- 5 sessões de Peeling de Diamante (1 a cada 2 semanas), cada uma por R$110,00

Dói, principalmente no bolso.

Mas quem ainda duvida da gravidade da situação, agora vai me entender:

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

3 meses - a crise

Pois é. Desde que fiquei grávida sempre ouvi que os primeiros 3 meses de vida do bebê fora da barriga eram os mais difíceis. Depois disso, tudo se estabiliza. O sistema digestivo está pronto, as cólicas desaparecem, as mamadas ficam mais espaçadas, as noites de sono vão gradualmente voltando ao normal. É MESMO?! Só se for com o filho dos outros!!!!!!!!! :-(

Com 40 dias de vida o Gabriel começou a espaçar a mamada da madrugada. Eu fiquei mega feliz, nunca imaginei que ia poder dormir mais de 6 horas seguidas tão cedo!! Já estava contando os dias pra chegada do 3º mês, mas a benção veio antes. Mas como não dá pra contar vitória antes do fim do jogo.... veio a virada. Gabriel simplesmente não dorme mais a noite. Gabriel que já não chorava mais de cólica há muito tempo, agora CHORA. Talvez nem de cólica, nem de dor, nem de fome, ele simplesmente CHORA. e Muito. Parece que resolveu tirar o atraso dos dias de paz que ele me deu lá nas primeiras semanas.

Quando ele dorme 4 horas seguidas já é motivo pra pular de alegria, pois é raro.

Hoje ele completa os tão famosos 3 meses. E agora? A gente passa 90 dias na expectativa e a sensação é a mesma de quando chegamos aos 18 anos: parece que ia ser uma grande transformação, mas a verdade é que nada acontece de um dia pro outro. E no caso do meu filho, acho que só me resta esperar de novo.

Mas nem tudo está perdido: sábado o Gabriel deu uma gargalhada. Gargalhada mesmo! Não foi um sorriso, nem uma risadinha... gente, foi uma gargalhada. E isso anula tudo de ruim que eu passei nesses 90 dias e que eu ainda passarei pelo resto da vida.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Filho é pra quem pode

Estou passando por uma crise. Lendo este artigo da Mônica Montone publicado no blog dela, sobre a questão "ter ou não ter filhos", vi muitas verdades, e infelizmente me identifiquei com algumas das palavras amargas.

Vou confessar aqui uma coisa que ninguém, além de mim, sabe: eu QUIS ter um filho. Lembro que quando desconfiei da gravidez, na primeira consulta com a ginecologista, ela me disse: "tu sabe né querida, nenhum bebê é gerado por acaso ou por descuido, bem lá no fundo do inconsciente sempre tem um desejo". No meu caso, nem era preciso ir tão a fundo. O desejo estava mais exposto do que se pode imaginar...

A verdade é que no mesmo momento em que eu finalmente conquistava minha tão sonhada liberdade (em 2006 eu consegui um bom emprego, saí da casa dos meus pais e mudei de cidade), minha mãe descobria um câncer, já em estado avançado. Por mais que eu tivesse muitas desavenças com ela, a notícia veio como um soco na boca do estômago, abalando todas as minhas estruturas. No mesmo dia em que ela baixou hospital, com dores horríveis (horas depois a gente descobriria do que se tratava), nós tivemos um briga feia. Daquelas que a gente perde o juízo, a razão, a noção, TUDO. Falei ABSURDOS que eu não gosto nem de lembrar. Entre gritos e choros, até um allstar velho eu arremessei contra minha mãe. Dá pra acreditar? Na mesma noite ela teve que fazer uma cirurgia de emergência, ainda sem saber ao certo o que ela tinha. Suspeitava-se de apendicite (bom se fosse!!!), mas era um tumor de mais de 10cm no intestino. Minha mãe ficou internada 15 dias no hospital, por ironia do destino, NA ALA DA MATERNIDADE (os outros quartos estavam lotados). Eu passei todos esses dias com ela, e durante todo tempo, não tocamos no assunto da briga. Era como se nada tivesse acontecido, mas o sentimento de CULPA que crescia dentro de mim, cresce até hoje.

Desde então, a família toda está unida nessa interminável maratona de cirurgias e quimioterapias. O câncer que começou no intestino, hoje já passou pro fígado. Os médicos são incansáveis e sempre surgem com um novo tratamento, mas todos sabemos que as alternativas estão acabando. Dói. Dói muito. Dói profundamente. E talvez a maior das dores seja esse SILÊNCIO. A incapacidade que eu tenho de poder dizer qualquer coisa pra minha mãe. Desde aquele fatídico dia, nunca mais brigamos. No máximo uma discussãozinha do tipo "não me diga o que fazer, eu já sou grandinha". Inexplicavelmente, o meu medo de magoar ou fazer qualquer coisa ruim pra ela é tão grande quanto a minha incapacidade de dizer "eu te amo". É óbvio que eu amo, eu só não consigo, de jeito nenhum, dizer.

Foi aí que eu encontrei uma "solução". Com a descoberta da doença, minha mãe ficou muito chateada, claro, mas (com a ajuda e apoio de todos) logo deu um jeito de começar a viver da melhor forma possível. Ela mudou muito. Passou a se preocupar menos com coisas irrelevantes e dar mais valor a coisas que passam despercebidas. Passou também a pensar muito no futuro. Embora ninguém mais na família queira admitir, ela tem consciência da possibilidade de não ficar muito mais tempo entre nós. E então ela tem pressa!!! Ela quer ver meu irmão numa boa faculdade (hoje ele tem 15 anos), ela quer que meu pai termine a pós-gradução, quer que eu me forme. Um dia ela comentou que queria me ver casada e com filhos. Ela queria poder conhecer os netos. Numa situação normal, seria um comentário que entraria por um ouvido e sairia pelo outro, já que eu não pensava em ter marido e filhos tão cedo. Mas aquele pensamento ficou me acompanhando por muitas noites sem sono. Se tinha algo que eu pudesse fazer pela mãe, era isso. Um neto traria a alegria de volta pra ela. Um motivo a mais pra viver. Mas até então isso ainda era uma idéia absurda, afinal, eu não tinha nem um relacionamento estável.

Então eu conheci o Fred e na primeira semana nosso namorico já foi ficando mais sério. Eu conheci os pais dele e ele conheceu os meus. Nossa primeira relação sexual foi cuidadosa, tudo certinho, do jeito que a gente aprende na MTV. Mas logo abandonamos a tal camisinha. Ele sabia que eu não estava tomando nenhum anticoncepcional, mas resolvemos arriscar mesmo assim. Não sei os motivos que levaram ele a isso (talvez o calor da hora, ou a confiança na tabelinha), mas EU, no fundo, queria um bebê. Lógico que se fosse tipo "Oi, Fred, quer ser pai do meu filho?" não ia rolar. Uma coisa mais "nossa, aconteceu e agora?!" seria mais aceitável, inclusive pra mim, que ainda achava isso um devaneio. Que fique claro que eu não usei ele pra procriar!!! Eu apenas me atirei nas mãos do destino. O que tivesse que ser, seria. E foi. Minha menstruação atrasou e só aí eu me dei conta do TAMANHO DA (IR)RESPONSABILIDADE!!!! Uma criança estava a caminho. Um neto para a minha mãe.

No início foi um tremendo susto, e como relatei lá no primeiro post desse blog, eu custei a acreditar no palitinho rosa. Cheguei a pensar em aborto, sim. Mas no meio do turbilhão de emoções, eu fiz minha escolha. E pra mim, a maior prova de que algumas coisas não são por acaso: com 25% de chance de acontecer, meu filho nasceu com os olhos iguais aos da minha mãe. AZUIS.
É aí que eu me identifico com este artigo aparentemente frio e insensível. Mesmo que (sub)inconscientemente, eu escolhi ter um filho pra satisfazer um desejo que nem era meu. Eu queria fazer minha mãe feliz, e esqueci de pensar no resto.

Esta é uma tarefa PRA QUEM PODE, e eu ainda não tenho a certeza de que eu posso.

Meus dias têm sido difíceis. O Gabriel é um bebê muito calmo, saudável (nunca ficou nem resfriado) e simpático (adora conversar e rir). É quase um absurdo dizer que um anjo desses está me enlouquecendo!! Mas creiam, está. Nos raros dias em que ele resolve ficar chatinho, ele me inferniza PRA VALER. E é nessas horas que eu vejo o quanto me falta paciência, dedicação e todas aquelas coisinhas essenciais para ser uma boa mãe. Meu filho merece muito mais do que eu consigo dar.

Eu quis fazer uma pessoa feliz, e agora tenho medo de estar sacrificando outra por conta disso.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

80



11 de setembro. Meu pequeno talibã está completando exatos 80 dias de vida.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Uma escrava do mamá

Ainda outro dia eu comentava aqui o quanto meu filho estava me deixando feliz, dormindo a noite inteira e sendo um garoto bonzinho durante o dia. Pois bem que me avisaram: bebês são instáveis. De uns dias pra cá, o Gabriel resolveu que dormir à tarde é bem mais legal.
E aí o que acontece com o bebê? Chega a noite e nada de soninho. Ele até dorme, mas nada de 6 horas seguidas, como fazia "antigamente" (79 dias de vida não é lá tão antigo assim). No máximo 4, e olhe lá.
E aí o que acontece com a mamãe? Vira um caco!!! A cada dia que passa eu me sinto mais fraca. Não tenho mais força pra levantar da cama. Antes o Gabriel dormia da meia noite às 6h ou 6:30, eu levantava com preguiça, mas logo estava bem. Agora ele me chama no máximo às 4h da madruga. Meu cérebro acorda e diz "vamos lá mamãe, vai atender o menino, é hora do mamá". Mas o corpo não responde. Mamãe fica lá atirada na cama, ouvindo o choro do bebê e pensando que merda de mãe é essa que não tá nem aí pro filho?!?! Eu simplesmente não consigoooooooooo mais!!!!!!!
Aí, vendo o estado crítico da situação, o marido levanta, pega o Gabriel, troca a fralda quando precisa, dá uma atenção, mas não adianta.. o que ele quer é o mamá!!! E o mamá, só a mamãe pode dar. EU SOU UMA ESCRAVA DO MAMÁ!!!!!!!!!!
Enquanto eu estiver amamentando meu filho, nunca mais vou dormir sossegada, nunca mais vou ter uma folguinha... nem sábado, nem domingo, nem feriado. "Só mais 5 minutinhos?" NUNCA MAIS! Toda vez que o Gabriel chamar, eu preciso estar pronta, no matter what. E sem reclamar, senão vai pro tronco.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

1 ano

No último sábado, dia 06 de setembro, eu e o namorido comemoramos nosso primeiro ano juntos. 365 dias de namoro e nós já temos um filho (de quase 3 meses) e um apartamento. É... é a família moderna.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Minha própria casa própria!

Geeeeeeeeente, conseguimos!!!!!!!! Encontramos um cantinho. Minha primeira casa própria, ai que emoção!!! Meu filho vai crescer em um condomínio com parquinho, árvores, amiguinhos... já to vendo ele correndo por lá, enlouquecendo os vizinhos! Enquanto isso, papai e mamãe aqui vão ter uma sacadinha com vista para o pôr do sol no rio. :-)
Não precisamos de mais nada. Pelo menos por enquanto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Slingando por aí

Viciei tanto nesse negócio de sling, que depois do tradicional resolvi comprar também um modelo pouch. E é ÓTIMO. O negócio é feito sob medida, e mesmo assim a cabeçuda aqui conseguiu medir errado e veio um número grande demais. Mas o Gabriel não tá nem aí, ele amou ficar slingado na vaquinha (a estampa é de vaquinha, não eu, ok?). O problema é que acaba forçando minhas costas, pois como tá grande ele fica escorregando no ombro. Semana que vem deve tá chegando a solução: troquei por um menor.


Mesmo com a coluna pedindo socorro, eu e Gabriel temos slingado muito por aí. No supermercado já viramos a sensação do momento! Pelos olhares, os funcionários devem pensar que eu levo o "saco" pra esconder mercadorias dentro. (Ainda bem que nunca ninguém pediu que eu me dirigisse ao setor de lacrar as bolsas antes de entrar). É tão bom ter as mãos livres pra carregar sacolas! Sem falar que não preciso usar aquelas cadeirinhas do carrinho de supermercado (elas são ótimas, mas quem é mãe me entende: são públicas e nada higiênicas).


Nossa busca pelo apartamento dos sonhos continua. E o Gabriel acompanhando tudo, claro, no sling. Já ouvi comentários clássicos do tipo "mas e a coluna dele? não machuca?". Dá vontade de responder "sim, é óbvio que machuca. Eu A-M-O maltratar meu filho". Para os espertos bastaria dar uma espiada na cara de "sofredor" do Gabriel dentro do sling.


A última slingada foi ontem, na minha faculdade. Tinha que fazer uma prova pendente do último semestre (meu filhote resolveu nascer 2 dias antes), e já aproveitei pra exibir meu herdeiro por lá. Não sei o que fez mais sucesso, se o tal sling da vaquinha ou os lindos olhos azuis do meu gurizinho (ele ficou atentamente olhando tudo e todos).



Quem se interessar: www.babycool.com.br

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Aprendendo com a Maria Elisa


Pra iniciante tá bom, não tá?